
Nutricionista da Rede Mundo Verde diz que, até os dois anos, a mãe consegue alimentar o filho de forma correta, mas alerta que as propagandas influenciam muito as crianças
Não é novidade que toda mãe sempre quer o melhor para seu filho. Os cuidados já começam desde os primeiros momentos da gestação. A atenção é redobrada em todos os sentidos e a alimentação tem de ser totalmente regrada, equilibrada e saudável, para garantir desde cedo a saúde do bebê. A partir do nascimento da criança, começa a alimentação infantil com a amamentação.
"O aleitamento materno é a melhor e mais completa alimentação para o bebê nos primeiros seis meses de vida. Depois, é preciso educar o paladar da criança, oferecendo alimentos naturais, como frutas ou sucos, de preferência orgânicos", destaca a nutricionista da Rede Mundo Verde, Flávia Morais.
De forma geral, até mais ou menos os dois anos, as mães conseguem alimentar seus filhos de forma correta e saudável sem muito "trabalho". Essa deveria ser a regra até que eles próprios pudessem cuidar da própria alimentação, mas infelizmente não é assim que funciona.
"O problema, é que os pequenos crescem, começam a ser influenciados por propagandas de produtos que pouco ou nada contribuem para seu crescimento e desenvolvimento, e deixam literalmente as mamães de "cabelos em pé" na hora das refeições e principalmente nos lanchinhos quase sempre nada saudáveis que são feitos ao longo do dia", afirma Flávia.
Afinal, guloseimas, salgadinhos, bolachas e doces são ainda considerados o carro-chefe da alimentação infantil. Estas delícias não costumam ser nutritivas, mas atraem pelo seu sabor de "quero mais". "O excesso de guloseimas aumenta o risco de a criança se tornar obesa. Uma criança obesa tem mais chance de se tornar um adulto obeso. E adultos obesos têm risco aumentado de diabetes, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer, doenças não-transmissíveis que mais matam atualmente", adverte a nutricionista da rede.
exemplo
Segundo ela, as quantidades exageradas de calorias, somadas a poucos nutrientes e substâncias químicas prejudiciais, geram uma combinação extremamente nociva para a saúde. "São fontes de calorias vazias, na maioria das vezes provenientes de açúcares refinados e gorduras trans", explica a nutricionista. Por isso, o consumo de guloseimas deve ser uma exceção à regra na alimentação de crianças, assim como na de adultos.
Criança segue hábitos alimentares dos pais
"Na realidade, estes alimentos não precisam ser completamente abolidos, desde que sejam colocados limites. A criança pode, por exemplo, comer um chocolate como sobremesa, mas, no dia seguinte, deve sempre comer uma fruta. É fundamental conversar com ela e chegar a um acordo", explica.
Segundo Flávia Morais, é preciso ficar atento, porque as crianças seguem os hábitos alimentares dos pais. Afinal, o apetite e a predileção por determinados alimentos estão relacionados à cultura alimentar dentro de casa. Se os pais não têm uma dieta saudável e variada, fica muito difícil tentar impor esse tipo de hábito alimentar para os filhos.
"Mas se os pais conseguem manter este equilíbrio na alimentação e explicar os benefícios de uma alimentação saudável, é possível ceder um pouco. Afinal é difícil privar os filhos desses alimentos, assim como para nós evitá-los por completo", afirma. Segundo ela, a reeducação alimentar deve envolver a família e também a presença de um acompanhamento psicológico, para que o "gordinho" de hoje possa ser, amanhã, um adulto esbelto e feliz.
A União







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