Em um ambiente de retração dos investimentos no setor de petróleo, o plano da Petrobras aparece como o terceiro maior do mundo. A estatal petrolífera investirá cerca de R$ 47,8 bilhões (US$ 28 bilhões) em 2009, o que representa uma queda de 3,7% em relação a 2008, mas ainda assim um montante somente inferior ao da PetroChina (cerca de R$ 58,3 bilhões ou US$ 34,1 bilhões) e da Shell (cerca de R$ 53 bilhões ou US$ 31 bilhões).
O levantamento é da AIE (Agência Internacional de Energia) e faz parte do relatório anual "Perspectiva para Energia Mundial", divulgado nesta terça-feira (10).
Conforme a entidade, os projetos de água profunda têm sido menos afetados pela crise porque possuem escala maior e são operados por grandes empresas internacionais. Para a agência, é improvável que as companhias cancelem esses projetos mesmo que o preço do petróleo fique mais baixo por alguns meses, em razão da perspectiva de alta futura. Tanto que a Petrobras mantém os "ambiciosos planos para o pré-sal".
O relatório da AIE mostra que os investimentos das empresas de óleo e gás estão recuando significativamente em meio à crise. Os motivos são a queda do preço do petróleo, na comparação com meados de 2008, a perspectiva de retração da demanda e o aperto de crédito.
Pesquisa realizada com as 50 maiores companhias do setor mostra que os aportes recuarão 16% neste ano, passando de cerca de R$ 896 bilhões (US$ 524 bilhões) no ano passado para cerca de R$ 755,8 bilhões (US$ 442 bilhões) em 2009. O impacto mais relevante ocorre sobre as produtoras menores, geralmente mais endividadas e com reservas de caixa reduzidas.
R7
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